Tipos de GRIN

As variantes conhecidas e estudadas atualmente são nos genes GRIN1, GRIN2A, GRIN2B,  GRIN2D, GRIN3A e GRIN3B.  O diagnostico é feito através do exame genético Exoma, hoje disponível no país em laboratórios especializados.

Um pouco de genética para entender o transtorno

O que são genes?

De acordo com o site https://brasilescola.uol.com.br/biologia/genes.htm

“O gene nada mais é do que uma sequência específica do DNA que contém as instruções necessárias para a síntese de uma proteína ou molécula de RNA. Podemos dizer que o gene é a unidade fundamental da hereditariedade. Geralmente, representam-se os genes com letras do alfabeto.
Todas as células de um corpo possuem os mesmos genes, entretanto, em algumas células, um tipo de gene é ativado e outro é desativado, garantindo, assim, a diferenciação das células. Vale frisar que, em alguns casos, o gene fica ativado a todo o momento, pois são fundamentais para a realização de atividades básicas da célula.”

Os genes GRIN (1, 2A, 2B, 2C e 2D) são responsáveis pela codificação das proteínas GLUN (1, 2A, 2B, 2C e 2D) respectivamente, que por sua vez, quando juntas formam os receptores NMDA. Cada receptor NMDA é formado por duas proteínas GLUN1 e duas proteínas GLUN2. Variantes nos genes GRIN criam proteínas também alteradas que por sua vez alteram o funcionamento dos receptores NMDA.

Os receptores são componentes presentes na membrana da célula que se ligam a substâncias sinalizadoras, dentre estas os neurotransmissores. Localizados nas sinapses (região de interface entre dois neurônios), os receptores de neurotransmissores fazem a intermediação da transmissão da informação dentro do nosso cérebro.

Receptores NMDA são ligados à cognição, memória, plasticidade neural e neurotoxicidade. No caso dos indivíduos com doença relacionada aos genes GRIN, a grande maioria das variantes são chamadas “de novo” o que significa que não foram herdadas dos pais, e sim aconteceram durante ou após a concepção. Pais com filhos com variantes “de novo” tem pouca probabilidade de gerar outros filhos com a mesma variante porem indivíduos com essas variantes tem 50% de chance de gerar filhos com a
mesma condição.

As variantes GRIN se dividem em dois grupos:

Ganho de função, quando os receptores “funcionam” mais do que deveriam, e perda de função quando “funcionam” menos do que deveriam. Tal informação é obtida através de uma análise funcional da proteína, e não em exames laboratoriais convencionais.

Como os dois grupos sugerem funcionamentos opostos, tal informação se torna relevante para direcionar o tratamento.

Nos links abaixo alguns das variantes já analisadas.
www.functionalvariants.emory.edu/database/index.html
http://www.grin-database.de/gen_table