Os genes GRIN (1, 2A, 2B, 2C e 2D) são responsáveis pela codificação das proteínas GLUN (1, 2A, 2B, 2C e 2D) respectivamente, que por sua vez, quando juntas formam os receptores NMDA. Cada receptor NMDA é formado por duas proteínas GLUN1 e duas proteínas GLUN2. Variantes nos genes GRIN criam proteínas também alteradas que por sua vez alteram o funcionamento dos receptores NMDA.
Os receptores são componentes presentes na membrana da célula que se ligam a substâncias sinalizadoras, dentre estas os neurotransmissores. Localizados nas sinapses (região de interface entre dois neurônios), os receptores de neurotransmissores fazem a intermediação da transmissão da informação dentro do nosso cérebro.
Receptores NMDA são ligados à cognição, memória, plasticidade neural e neurotoxicidade. No caso dos indivíduos com doença relacionada aos genes GRIN, a grande maioria das variantes são chamadas “de novo” o que significa que não foram herdadas dos pais, e sim aconteceram durante ou após a concepção. Pais com filhos com variantes “de novo” tem pouca probabilidade de gerar outros filhos com a mesma variante porem indivíduos com essas variantes tem 50% de chance de gerar filhos com a
mesma condição.
As variantes GRIN se dividem em dois grupos:
Ganho de função, quando os receptores “funcionam” mais do que deveriam, e perda de função quando “funcionam” menos do que deveriam. Tal informação é obtida através de uma análise funcional da proteína, e não em exames laboratoriais convencionais.
Como os dois grupos sugerem funcionamentos opostos, tal informação se torna relevante para direcionar o tratamento.
Nos links abaixo alguns das variantes já analisadas.
www.functionalvariants.emory.edu/database/index.html
http://www.grin-database.de/gen_table